RESENHA: VENOM - Storm the Gates (2018)
03/02/2019 17:45 em Resenhas

 

 

 

VENOM - Storm the Gates

Label: SPINEFARM RECORDS - Clique aqui para acessar o site 
 


HISTÓRICO

Uma das bandas mais importantes para a história da música extrema, a inglesa VENOM teve início na cidade inglesa de Newclastle no ano de 1979.

Responsável por clássicos absolutos como “Welcome to Hell” (1981), “Black Metal” (1982) ou “At War With Satan” (1984), a banda hoje formada por Cronos (baixo e vocais), Rage (guitarras) e Danté (bateria) recém lançou seu 15º trabalho, “Storm the Gates” pela gravadora SPINEFARM RECORDS.

 

ANÁLISE

Uma das tarefas mais ingratas que me foi passada: analisar o novo álbum de uma de suas bandas preferidas. Não é fácil. Principalmente quando o álbum não é bom. Você o ouve por diversas vezes tentando encontrar algo que possa amenizar a sensação ruim em ouvi-lo. Infelizmente essa sensação demora (e muito) para sair depois que ouvi “Storm the Gates”, novo trabalho da lenda VENOM.

Sinceramente não sei o que aconteceu aqui. Quero acreditar que a produção equivocada não soube extrair todo o peso e agressividade característicos da banda. 

Sim. Sabemos que a sonoridade do VENOM sempre foi crua e tosca por natureza. Mas nem isso temos aqui. As duas primeiras faixas são fracas. Não empolgam em momento algum.

O mais inveterado fã de VENOM (e me incluo nessa, já que desde que os ouvi pela primeira vez, não posso ver um material da banda que adquiro – mesmo tendo 20 versões do mesmo álbum) pode alegar que a banda continua com a mesma essência. 

Não. Não possui a mesma essência. Não neste álbum. 

O engraçado é que as letras simplórias estão aqui, assim como o baixo distorcido, a bateria tribal, os riffs competentes e os vocais declamados de Mr. Cronos (apesar de carregadíssimo de reverb em muitos momentos), características da banda que tanto amamos. Mas o estranho é que cada uma dessas partes se sai muito bem individualmente. Quando juntas, os problemas aparecem.

São treze faixas que se tornam cansativas, sem brilho, fazendo deste apenas mais um de sua vasta discografia. Estas músicas podem empolgar quando tocadas ao vivo, mas serão facilmente esquecidas na hora dos clássicos.

Nem tudo são espinhos: temos alguns bons momentos no álbum, como em “100 Miles to Hell” (onde resquícios daquela sonoridade do “Metal Black” se fazem presente), “Destroyer” (que tenta resgatar uma sonoridade ainda mais antiga da banda, criando um clima interessante – apesar de soar “requentada”) e “Over My Dead Body” (aqui sim, um arregaço de respeito – e, por incrível que pareça, a faixa com melhor produção em comparação com as demais. Vai entender...). Mas, ainda assim, pouco perante todo o poderio que a banda possui.

Nem a arte do álbum ajuda. Computadorizada demais, numa versão que é menos horripilante e provocativa que qualquer capa de jogo de terror. 

Não quero que a banda continue inovadora como em “Black Metal” ou visionária como em “At War With Satan”. Muito pelo contrário. Se continuar criando climas realmente verdadeiros como os criados no (mediano) predecessor “From the Very Depths”, as coisas aqui soariam muito melhores.

 

VEREDITO

Este disco é indicado apenas para os maníacos (como eu) por VENOM. Quem gosta de alguns álbuns ou prefere exclusivamente a fase antiga da banda, deve passar longe deste álbum. 

Agora, mesmo para os aficionados pela banda, “Storm the Gates” será (mais um) daqueles álbuns esquecíveis do VENOM.

Uma pena, pois a banda ainda possui poderio para lançar materiais poderosos, dignos de quem criou muito dentro do metal extremo.

   

(Daniel Aghehost)

 

 

 

 

Track-List

1.Bring Out Your Dead

2.Notorious

3.I Dark Lord

4.100 Miles to Hell

5.Dark Night (Of the Soul)

6.Beaten to a Pulp

7.Destroyer

8.The Mighty Have Fallen

9.Over My Dead Body

10.Suffering Dictates

11.We the Loud

12.Immortal

13.Storm the Gates

 

 

 

 

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