KK’S PRIEST – MAIS UMA CHANCE DE GLÓRIA (por Benedicto Junior)
08/10/2023 22:58 em NOTAS DO SUBMUNDO - EDITORIAL

KK’S PRIEST – MAIS UMA CHANCE DE GLÓRIA*

 

_Por Benedicto Junior_

 

Uma vez disse: Será que existe uma realidade em um mundo paralelo onde não temos o Judas Priest e sim o KK’s Priest? Pois bem, não existem mundos alternativos, mas sim um planeta onde as duas bandas existem e têm muitas coisas em comum. Vamos entender.

 

Quando tudo começou, lá em 2019, era chamado de MegaPriest, que fez apenas um único show com David Ellefson (Megadeth) no baixo. Isso não durou e logo tudo mudaria para surgir o atual nome da banda, que até então era formada por Downing, Tim "Ripper” Owens e Les Binks, todos ex-companheiros no Judas Priest - aí está a realidade alternativa. No entanto, Binks deixaria a banda antes mesmo de lançar "Sermons of the Sinner" por problemas de saúde.

 

Fora do Judas Priest, o guitarrista K. K. Downing tem sua herança como cofundador e fez história na clássica banda entre os anos de 1969 até 2011. E em uma entrevista comentou: “A razão pela qual criei o K.K.'s Priest é que eu não poderia deixar nada para trás - minha herança, meu legado, quem eu sou. Eu estava no Priest em 1969. Estava desesperado para entrar nessa banda. Fiz o teste para o Judas Priest e não consegui, mas continuei tentando e entrar foi como ganhar na loteria para mim. Significou muito. E trabalhei toda a minha vida construindo o nome, a reputação e a marca do Judas Priest, e eu era leal. Me pediram para fazer muitas coisas fora, mas não, o Judas Priest era minha vida. Então, tenho licença para chamar isso de K.K. Priest.”

 

A saída de Downing de sua antiga banda foi cercada de controvérsias e tem várias versões, e o que rolou nunca saberemos com detalhes, mas que ele considerou injusto e isso o levou a formar sua própria banda, K.K's Priest, e a adotar o nome "Priest" como forma de reivindicar seu direito de tocar suas músicas.

 

A estreia foi em 2021 com o excelente álbum “Sermons of the Sinner” e agora, em 2023, temos “The Sinner Rides Again”. De cara, temos a figura do Pecador como possível personagem, mas esse não é o foco. A única frase que podemos dar a este disco é Heavy Metal. Se você gosta, aí está um compêndio de músicas incríveis. O que me chamou a atenção aqui foi a música “One More Shot at Glory”. Será isso mesmo, já que temos no magnífico álbum Painkiller “One Shot at Glory”? Elas sim se relacionam, onde a primeira parece ser uma preparação para a batalha, a segunda descreve a batalha em si. Porém isso não é novidade basta dar uma olhada no track list do álbum de estreia e saberá.

 

Enfim, há mais coisas que poderia destacar, já que cada música é incrivelmente pesada. Destaco também "Reap the Whirlwind", "Hymn 66" e "Keeper of The Graves". Vale citar as passagens acústicas, que são fascinantes, assim como os riffs de guitarra, que são obviamente a atração principal deste álbum, e claro, os vocais de Tim “Ripper” Owens. 

 

Se você ainda não conferiu, por favor, faça isso, mas ouça os dois álbuns na sequência e tire suas conclusões. Afinal, será que existe uma realidade em um mundo paralelo onde nunca existiu o Judas Priest? Claro que não. Quanto mais Heavy Metal melhor!

 

_Apocalipse Press_

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